quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Redação: Informações off line - Comentários gerais e finais

Olá! Antes de sua leitura, um pequeno aviso. Em junho de 2015, o blog voltará a ter publicações periódicas. Você tem dificuldade em algum tema específico e quer que eu o aborde por aqui? Se sim, envie-me um e-mail explicando-me a sua necessidade e eu preparei novos conteúdos a respeito! Aguardo seu contato pelo e-mail: lygiafs@yahoo.com.br 
Até breve!

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O texto Informações “off line” é muito bom, mas é preciso atentar para uma questão: o que foi apresentado na frase-guia foi comprovado na conclusão, e não exatamente no desenvolvimento.
O texto ficou ótimo, super coerente, mas algumas análises são necessárias para que os leitores desse blog não cometam erros na hora da produção textual.
Explicando melhor:
Em D1, o autor falou sobre o lado negativo a respeito das informações disponibilizadas na internet. Em D2, o lado positivo foi exposto. Meu receio diante dessa estratégia é que tenha havido a impressão de que sempre podemos, em um parágrafo, dizer um lado de determinada questão e, no seguinte, outro.
Em algumas situações, se isso for feito, o texto pode ficar sem posicionamento, como se o autor estivesse “em cima do muro”, o que não pode acontecer de jeito nenhum.
Por exemplo, se tivermos diante do tema “O sorriso do brasileiro: acomodação ou superação?” e, em um parágrafo, dissermos que o brasileiro é acomodado e, em outro, que ele é forte e supera dificuldades, estaremos nos contradizendo.
O recurso dialético, de apresentar uma ideia, depois outra – oposta- para se chegar a uma conclusão, é válido, mas só deve ser utilizado por quem tem total domínio do gênero dissertativo-argumentativo. Farei um post sobre isso em algum momento.

O que quero fazer agora é modificar o texto do autor de forma que o desenvolvimento aborde exatamente a ideia apresentada na frase-guia.
Vamos a ela:
Frase-guia:
Entretanto, antes de buscar informações, é imprescindível criar filtros  capazes de discernir as realmente úteis e construtivas das especulativas e falaciosas.


Na frase-guia, a ideia apresentada é que o usuário da internet deve ser competente para separar informações verdadeiras e falsas.

Até a popularização da internet, o conhecimento era buscado predominantemente nos livros. Por meio deles, podia-se imediatamente checar se o autor (e por extensão tudo aquilo veiculado por ele) era digno de confiança ou não. Contudo, vive-se hoje a era digital, na qual as informações encontraram na “Web” um meio rápido e prático de se difundirem. Nesse contexto, qualquer usuário torna-se um escritor em potencial, livre para publicar o que bem entender, “como se opiniões não precisassem se basear no rigor científico antes de serem emitidas”, conforme elucida Stephen Kanitz, colunista da revista “Veja”. Nesse contexto, as pessoas que buscam informações por meio da internet não podem ter postura passiva. É preciso investigar a validade da fonte de informação para que opiniões inverídicas não sejam consideradas verdadeiras.

Vale ressaltar, entretanto, que somente demonizar a internet seria uma postura injusta e unilateral. Por meio dela, muitos dados valiosos chegam ao alcance das mais variadas populações, como, por exemplo, com a criação da Biblioteca Digital Mundial, uma iniciativa da ONU da qual o Brasil fara parte. O acervo digital contará com mapas, fotografias, manuscritos e textos em sete idiomas. Em tempo, a internet – devido a sua agilidade – é o único meio de comunicação atual capaz de administrar a dinamicidade com que as notícias surgem ao redor do mundo. De acordo com Zygmunt Bauman, em seu ensaio a respeito da modernidade líquida: “...a transmissão das notícias é a celebração constante e diariamente repetida da enorme velocidade da mudança...”. O senso crítico é, pois, indispensável para que se chegue aos bons conteúdos a que se pode ter acesso hoje, na chamada Era da Informação.
Dessa maneira, tudo o que foi apresentado na frase-guia é comprovado no desenvolvimento: as informações presentes na internet + a postura dos usuários diante de tais conteúdos.
É claro que os parágrafos ficaram gigantescos, o que não é o ideal em um texto de no máximo 30 linhas, mas, didaticamente, as informações extras foram importantes.
Espero que tenha ficado clara a explicação!
Até mais!

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